Tendo já tocado na PATRULHA DO ESPAÇO, PEDRA, LINGUA DE TRAPO, PITBULLS ON THE CRACK etc, além de já ter colaborado em diversos sites e revistas (com a Bass Player), o veterano do Rock'n'Roll paulista Luiz Domingues é sempre lembrado por sido baixista do grupo A CHAVE DO SOL (1982-1987) e da dissidência do mesmo chamada A CHAVE / THE KEY (1988-1990). Após trinta e três anos sem lançar discos, A CHAVE DO SOL soltou entre 2020 e 2021 SEIS (!!!) cd's piratas "oficiais", no formato bootleg, só com raridades! As bolachinhas contém músicas inéditas, demos, shows ao vivo e releituras de outros artistas. São álbuns que irão fazer a alegria de todos os fãs do extinto grupo de Hard Rock.
Luiz Domingues em foto de Anna Fuccia com a discografia d' A CHAVE DO SOL, oficial e pirata, transformada em almofadas promocionais.
Para falar e explicar aos fãs mais sobre esses discos piratas (que originalmente seriam lançados com almofadas comemorativas da banda e um show de reunião), Luiz falou com Will Dissidente do blog: A CHAVE DO SOL.
Esta conversa é a segunda parte deste bate-papo. Não deixe de ler a primeira parte da entrevista, em que o baixista conta em pormenores como teria sido o show de reunião, impedido pela pandemia e depois pelo trágico falecimento de Rubens Gióia.
01 - A CHAVE DO SOL havia acabado em dezembro de 1987, lançando seu último disco, o "The Key" pouco tempo antes. Agora, trinta e três anos depois, vocês tem não só um disco, mas uma série de seis discos na praça e até almofadas da banda seriam disponibilizadas para os fãs no show de reunião. Como é isso de após tanto tempo em silêncio estarem cheios de lançamentos? O que os demais membros acharam dos lançamentos?
Luiz - Bem, eu sempre desejei colocar esse material engavetado na praça. Faltou nesses anos todos, recursos. Em 2015, quando eu comecei a lançar material de vídeo inédito, com o apoio maravilhoso da produtora cultural, Jani Santana Morales, já foi o início desse processo. Quando o Rubens quis gravar um disco novo, eu cheguei a falar com ele sobre tal intento da minha parte, se ele aceitaria me ajudar a colocar o material antigo em disponibilidade, mas ele disse que não, pois preferia investir em material novo. Somente em 2019 eu reuni condições financeiras para resgatar fotos e digitalizar as fitas K7 e só então comecei a produção dos bootlegs.
Mantive em silêncio a minha produção e apenas quando os discos já estavam saindo e as almofadas com as capas dos álbuns, idem, eu mostrei para eles e claro que adoraram a novidade, motivados para lançarmos tudo no show marcado para julho de 2020. Mas aí veio a pandemia e aniquilou essa reunião histórica, pois não obstante a situação caótica em que o país (e o mundo) mergulhou, eis que a fatalidade com o Rubens nos minou definitivamente em torno desse planejamento.
02 - O Rubens tinha a ideia de juntar o power trio clássico para gravar oficialmente a música "Saudade", de 1986, que havia ficado sem registro oficial. Já você, Luiz, queria lançar o material antigo gravado de forma demo e bootleg. Qual era a ideia de José Luis? Como vocês resolveram esse impasse?
Bem, o Dinola depois do show na Virada Cultural, ficou arredio em relação a uma reunião com A Chave do Sol. Ele só voltou a se animar com o projeto do show de 2020 e dos bootlegs. Ele não se manifestou sobre regravar "Saudade" em 2015, com eventuais músicas inéditas.
03 - Luiz, para quem acompanha o seu trabalho ou o blog: A CHAVE DO SOL sabe que algum do material que é lançado agora havia sido disponibilizado anos atrás em promos do youtube. Todavia, a qualidade do material de agora é infinitamente superior ao de outrora. Tanto a qualidade de áudio dos shows e demos. O mais interessante é o bootleg com a cantora Verônica Luhr que as músicas estavam todas cortadas e agora estão inteiras. Essa melhora do material resgatado deve-se ao trabalho do guitarrista Kim Kehl. Como foi a participação dele e qual sua importância para que esses CD's soem tão bem?
Você observou muito bem! A participação do Kim Kehl no projeto, foi total! Eu havia digitalizado alguma material anteriormente e o lançado no YouTube, como você observou, mas esse trabalho fora feito em estúdios em que eu não mantinha amizade com os seus produtores, portanto, eles fizeram um trabalho padrão, sem tratamento adequado para melhorar o áudio e me trataram como um cliente que vai digitalizar fitas caseiras com interesse familiar em torno de se registrar festas de casamento, batizados, aniversários e festinhas escolares.
Com o apoio do Kim, eu levei as fitas K7 novamente para um novo processo de digitalização e o capricho que ele teve para digitalizar melhor, preparar o áudio e achar soluções para alguns problemas que pareciam insolúveis, foi algo excepcional. A dedicação dele, aliado ao fato dele ser um grande músico e contemporâneo d'A CHAVE DO SOL, portanto a respeitar muito o nosso trabalho, foi fundamental para que o áudio fosse muito melhorado, ao ponto de justificar o seu lançamento em discos Bootlegs.
A gravação daqueles dois shows de 1982 e 1983, gravados de forma ultra precária com a presença da nossa então vocalista, Verônica Luhr, estava muito prejudicada, mas ele fez um milagre ali e conseguiu materializar e imortalizar a passagem dela conosco, portanto, que maravilha para preservar a história da nossa banda. Pena que não haja nenhuma música própria da nossa banda para esse disco e apenas interpretação de releituras, porém, vale o registro da voz dela que era (é) um estouro!
A CHAVE DO SOL em fevereiro de 1987: fase que está registrada no bootleg "Dose Dupla", com as duas demo-tapes registradas por essa formação. Foto de Tereza Pinheiro.
04 - O guitarrista Kim Kehl, além de salvar fitas já à beira de se perderem, assina todo o trabalho gráfico da série de discos piratas oficiais. Você trabalhou junto com ele na arte? Como foi o processo?
Esse foi mais um mérito dele. O Kim é muito criativo e como já havia elaborado capas para alguns álbuns d'OS KURANDEIROS, eu não tive dúvida em lhe pedir essa produção completa igualmente. A criação foi toda dele, eu só opinei em poucos pontos e lhe forneci material de fotos. Havia um projeto de existir um encarte com um texto mais robusto, e escrito de minha parte, mas o encarecimento desse processo inviabilizou-se e assim, optamos em conjunto pela simplicidade no acabamento final.
05 - Luiz, agradecemos muito do seu tempo, do seu apoio e de sua dedicação à banda e ao blog: A CHAVE DO SOL. Fica aberto o espaço para você deixar seu recado final para todas e todos que nos acompanham!
Eu agradeço muito a você, Will, pela dedicação em manter o Blog A Chave do Sol no ar, lançar matérias no seu Blog próprio e em veículos em que colabora. Agradeço aos fãs e neste caso, eu me sensibilizo por saber que uma banda que encerrou atividades há quase 34 anos, ainda repercuta dessa forma. Fiquem atentos, que novidades poderão surgir!
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Ficou curioso para conhecer os bootlegs?
Eles vêm no formato envelope simples, sem plástico interno ou externo, e mídia de cdr impresso. Eles podem ser adquiridos nas lojas Baratos Afins e Aqualung da Galeria do Rock ou Blue Sonic da Galeria Nova Barão, todas no centro velho de São Paulo, capital.
Eles também podem ser adquiridos com o baixista Luiz Domingues no e-mail ou pelas redes sociais (logo abaixo):
Luz / 18 Horas (Compacto, 7", 1984). A Chave do Sol (EP, 12", 1985). The Key (Full Lenght, LP, 1987). A Chave do Sol (Compilação, Cd, 2001). Ao Vivo 1982 / 1983 (Bootleg, Cd, 2020). Demo Tape 1983 (Bootleg, Cd, 2020). Teatro Piratininga /SP 1983 (Bootleg, Cd, 2020) . Ao Vivo em Limeira/SP 1983 (Bootleg, Cd, 2021). Teatro Lira Paulistana 1985 (Bootleg, Cd, 2021). Dose Dupla 1986 (Bootleg, Cd, 2021).
A CHAVE DO SOL teria se apresentado com seu power trio clássico (o baixista Luiz Domingues, o guitarrista Rubens Gióia e baterista José Luiz Dinola) mais um vocalista convidado em julho de 2020 no Teatro Cacilda Becker, na Lapa, em São Paulo. Seria a primeira vez que o veterano baixista Luiz Domingues, ativo profissionalmente no Rock Nacional desde 1976, tocaria com sua antiga e querida banda desde 1987. Havia muita expectativa por parte dos fãs e da própria A CHAVE DO SOL, já que Domingues não havia participado de nenhum evento anterior de reunião.
A pandemia do novo coronavírus inviabilizou o projeto, que coincidiria com o lançamento de um pacote de seis álbuns bootlegs (discos piratas) com material inédito de estúdio e ao vivo e mais uma coleção de almofadas da banda. Um golpe muito mais duro veio em janeiro do presente ano, 2021, quando o guitarrista e membro fundador Rubens Gióia, infelizmente e de maneira inesperada, veio a falecer. O blog: A CHAVE DO SOL conversou com Luiz Domingues e fez duas entrevistas: uma contando como seria esse show que reuniria o power-trio clássico do grupo após 34 anos e outra focado no lançamento dos bootlegs.
Confira agora a primeira parte do bate-papo e saiba em pormenores como se deu todo o processo em volta desse esperado show de reunião que não aconteceu. Quais músicas, formação, ondes e porquês serão respondidos nesta primeira etapa que inclui a intenção de se realizar um show tributo homenageando o guitarrista Rubens Gióia.
Luiz Domingues se apresentando com EDY STAR + OS KURANDEIROS em 2017. Foto: Carol Mendonça.
01 - Luiz, o Rubens vinha tentando voltar com A CHAVE DO SOL desde os anos 2000. De verdade, a ideia de juntar o power trio clássico surgiu por parte do Rubens em 1989. Nas cinco tentativas anteriores você não estava envolvido, só chegando a ensaiar uma vez para um concerto que não se realizou. Por que então você tinha aceitado voltar em 2020? O fato de ser o convite de um produtor e não uma iniciativa da própria banda ajudou? Seria só um show ou uma volta mesmo?
Luiz: Sim, exatamente foi o que você disse. O Rubens articulou a volta da banda desde 1989. Em cada uma dessas tentativas que ele fez anteriormente, eu estive envolvido com outros projetos e não foi possível participar. Sobre essa tentativa de 1989, por exemplo, eu estava comprometido para gravar o álbum do grupo: THE KEY, "A New Revolution" e lastimei muito a situação, pois eu não gostava esteticamente daquele trabalho e teria sido a melhor solução reativar A CHAVE DO SOL para o meu gosto pessoal e desenvolvimento de carreira, mas eu não poderia deixar o Beto Cruz em uma situação difícil, tendo em vista todo o esforço que ele fez para criar e manter de pé esse trabalho do THE KEY. E também aos companheiros, Rapolli, Ardanuy e Ribeiro, que foram tão solícitos quando montamos essa banda às pressas, portanto foi uma ironia do destino que me impediu de participar da reconstrução d' A CHAVE DO SOL, que teria sido o ideal.
Nos anos posteriores, quando o Rubens produziu a apresentação d' A CHAVE DO SOL no programa "Musikaos", em 2000, eu estava firme com A PATRULHA DO ESPAÇO e ficou inviável.
Em 2005, houve mais uma possibilidade, mas eu estava com o PEDRA, e como a banda ainda gravava o primeiro álbum e não estava preocupada em marcar shows nessa fase, eu aceitei o convite e cheguei a realizar um ensaio com o Rubens e o José Luiz, mas houve uma dificuldade para se convocar um cantor e no caso, teria sido o ator/cantor/instrumentista, André Frateschi, que é um ótimo cantor por sinal, mas este artista não pode participar por uma questão de agenda conflitante. Então um outro cantor foi acionado (não sei o nome desse outro rapaz, que era um contato do Rubens) e este demorou para responder e assim, ante a inviabilidade de se arrumar uma terceira opção de cantor, foi desmarcado o show. Nessa ocasião de 2005, eu queria fazer o show como Power-Trio, a reativar os sons dessa fase da nossa banda, mas os colegas queriam que houvesse um cantor de ofício e com o Beto Cruz a morar nos Estados Unidos e a dificuldade para arrumar um cantor aqui, não deu certo.
Em 2007 foi o show na Virada Cultural de São Paulo, certo? Bem, desta vez eu não quis tocar por estar a atuar com o Pedra, com disco novo sendo gravado etc e tal.
Em 2012, foi o Luiz Calanca que articulou a oportunidade e o Rubens insistiu bastante para eu participar, mas o Dinola não quis e assim eu não desejei participar de uma aparição sem a base primordial unida e assim, o Rubens fez sozinho, como único da formação original, com três músicos muito bons de apoio.
Houveram mais tentativas posteriores. Entre 2015 e 2017, o Rubens me abordou muitas vezes, ele quis inclusive entrar em estúdio para gravar músicas novas, mas desta vez, o Dinola se mostrou sem vontade para participar.
Desta vez de 2020, da minha parte quando surgiu esse convite do Gegê Guimarães, eu senti que seria diferente, pois eu havia participado de reuniões nostálgicas com duas ex-bandas (PATRULHA DO ESPAÇO e PEDRA), bem recentemente e havia gostado da experiência de rever velhos companheiros e tocar as músicas desses respectivos trabalhos. Portanto, despertou-me um sentimento bom sobre promover a mesma celebração com A CHAVE DO SOL. E houve um dado a mais: eu já estava a preparar a produção do lote com discos bootlegs da nossa banda e o show teria sido uma ocasião maravilhosa para promover o lançamento oficial de tais álbuns.
A CHAVE DO SOL em foto promocional de 1985: Rubens Gióia, Fran, Luiz Domingues e José Luiz\ Dinola. Essa formação está no quinto volume dos seis bootlegs lançados, no cd intitulado "Teatro Lira Paulistana 1985".
02 - Para o show de retorno vocês haviam optado por um vocalista que também tocasse guitarra e até teclado, que é o Rodriho Hid, do PEDRA e da PATRULHA DO ESPAÇO. Pela versatilidade do Rodrigo, vocês poderiam mudar alguns arranjos e convenções nas músicas. Que temas iriam tocar, quais seriam as contribuições dele, que músicas teriam alteração ou adição de teclado?
Luiz - Exatamente isso! Já sabedor que seria difícil contar com o Beto Cruz, eu gostaria de reativar o Power-Trio, mas como eu tive a certeza de que Dinola e Gióia insistiriam em contar com um vocalista, eu de imediato sugeri o Rodrigo Hid. Toquei em três bandas com ele, Hid: SIDHARTA, PATRULHA DO ESPAÇO e PEDRA, portanto sei do potencial dele como cantor e multi-instrumentista e o Dinola também o conhece bem pelo SIDHARTA e por bandas cover que ambos tiveram por muitos anos. A minha ideia foi que o Rodrigo cantasse todas as músicas, com exceção de "Luz" que eu pedi ao Rubens para cantá-la e assim preservamos ao máximo a identidade natural da nossa gravação para o compacto de 1984. Eu falei com o Hid para ele cantar e tocar mais teclados. Estava ansioso para tocar as músicas da nossa banda com esse tipo de apoio e imprimir uma sonoridade super setentista para as músicas e creio que ele tocaria guitarra apenas em "Saudade" exatamente para ser reproduzido o som de dueto que o Rubens gravou para a demo de outubro de 1986. Sobre o repertório que havíamos decidido tocarmos no show, seria esse:
01) Luz
02) 18 Horas
03) Anjo Rebelde
04) Um Minuto Além
05) Crisis (Maya)
06) Intenções
07) Átila
08) Sun City
09) Saudade
Bis:
10) A Dança das Sombras
Luiz Domingues e José Luiz Dinola junto com Rodrigo Hid, participando da gravação do disco solo do último, em março de 2017.
03 - O Rodrigo Hid seria outro ex-membro da PATRULHA DO ESPAÇO a tocar n' A CHAVE DO SOL, fazendo o caminho inverso seu e do Rubens. Vocês já pensavam em chamá-lo em 2014 no projeto A PATRULHA DO SOL, que acabou não se realizando?
Luiz - Bem, essa ideia partiu do Rubens, mas ele se precipitou ao insinuar publicamente a sua intenção, antes mesmo de consultar o Rolando e este não gostou dessa impertinência. Acho que a ideia era até interessante, mas o Rubens se precipitou, pois deveria ter consultado a todos previamente e pelo que eu saiba, ele só havia falado comigo e ao deixar vazar a possibilidade, irritou o Rolando e convenhamos, com razão. Mas seria apenas para um show a ser realizado na Virada Cultural, não seria uma banda doravante. Sobre a presença do Rodrigo Hid, não foi cogitada a hipótese. A ideia original foi misturar músicos que haviam sido membros das duas bandas, daí o trocadilho "Patrulha do Sol" e na ocasião, o Hid não tinha vínculo com A CHAVE DO SOL para justificar a sua inclusão no projeto.
"Anjo Rebelde" executada com o saudoso vocalista Fran, faixa que consta na coleção de seis bootlegs d' A CHAVE DO SOL que o baixista Luiz Domingues lançou entre 2020 e 2021. Esse tema estaria no repertório do show que ocorreria em julho de 2020 no Teatro Cacilda Becker, em São Paulo, capital.
04 - Muito infelizmente, os planos de volta d'A CHAVE DO SOL foram prorrogados em primeiro momento por conta da pandemia do novo corona vírus. Já no começo deste ano de 2021, com enorme tristeza e surpresa da parte de todos, o guitarrista Rubens Gióia subitamente faleceu. Como tem sido para você lidar com a perda do amigo de tão longa data? Esse material sendo lançado se tornou uma homenagem ao Rubens?
Luiz - Pois é, a pandemia nos atrapalhou em cem por cento em uma primeira avaliação, mas o falecimento do Rubens foi um golpe ainda mais duro. Sobre o choque que tivemos ao saber da sua morte, foi muito grande, naturalmente. Por uma série de contingências ( pandemia incluso), eu fui o único companheiro de banda presente em seu triste velório. O Paulo "Paulinho Heavy" Toledo, ex-vocalista do INOX, também esteve presente, mas eu nem o reconheci na hora, devido às máscaras que todos usamos no dia. Portanto, foi um velório praticamente restrito aos familiares do Rubens. Foi um momento de dor que provocou reflexão, certamente, pois é claro que eu revi toda a nossa construção da carreira d' A CHAVE DO SOL, a amizade, o triste rompimento de 1987 devido ao mal-entendido etc. Não foi a intenção inicial, haja vista a obviedade que tais álbuns deveriam terem sido lançados com um grande show, com ele a tocar e a estar feliz por isso, mas claro que esses seis discos bootleg o homenageiam de forma póstuma.
Luiz Domingues em 1984, na época que A CHAVE DO SOL lançava seu primeiro registro fonográfico oficial, o compacto "Luz / 18 Horas".
05 - Em setembro do ano que vêm será o aniversário de 40 anos do primeiro show d' A CHAVE DO SOL. Você pensa em lançar mais material inédito ou fazer uma apresentação nesta data? Quem sabe até uma homenagem aos saudosos musicistas que fizeram parte do grupo?
Luiz - Segundo o Gegê Guimarães, a data que tínhamos em julho de 2020 está em aberto e se a pandemia for vencida de fato, existe a possibilidade de haver um show tributo ao Rubens e o Dinola e o Hid já sinalizaram que aceitam participar. Eu só não gostaria que usássemos o nome A CHAVE DO SOL, pois tal denominação sempre foi algo muito associado ao sonho particular do Rubens que ele acalentava desde a sua infância. Sobre novos bootlegs, eu tenho mais fitas sim, com muitos shows ao vivo do período 1986/1987 da formação como quarteto, com o Beto Cruz. Penso em produzir novos discos, mas dependerá das finanças, primeiramente e da pandemia ser extinta, igualmente.
Luiz Domingues com a discografia d'A CHAVE DO SOL, oficial e bootleg, transformada em almofadas promocionais, que seriam vendidas no show que não ocorreu.
Não perca a segunda parte da entrevista com Luiz Domingues falando dos seis discos bootlegs lançados entre 2020 e 2021 abrangendo o período de 1982 a 1986 d' A CHAVE DO SOL!
As faixas 06 e 07 são, respectivamente, covers de CARL PECKINS e THE JIMI HENDRIX EXPERIENCE. As faixas 08 e 09 são provenientes de uma Demo Tape de 1984. A faixa Segredos está sem vocal, mas é seu instrumental é bem parecido com a versão do EP de 1985.